COMO É SENTIDA?
1.
através da nossa forma de pensar,
no sentido em que os nossos pensamentos podem já estar viciados, tal qual um
dado num jogo de tabuleiro, vendo perigo em situações que não representam
ameaças; a preocupação é também um elemento fundamental, tida como uma “cadeia
sem fim de pensamentos ansiosos contínuos e repetitivos” considerando algo de
mau que pode vir a acontecer;
2.
através das nossas emoções, que envolvem
sentimentos como medo, nervosismo ou apreensão, mas também a sensação de
vergonha pelo facto de nos sentirmos ansiosos; na equação entra ainda a
frustração, quando a ansiedade nos impede de fazer algo, ou a tristeza e
desânimo quando esta se torna constante;
3.
através da reação física, que
passa por um ritmo cardíaco mais acelerado, aperto no peito e respiração
superficial, músculos tensos, tonturas ou fraquezas, calor e um certo
desligamento do que se passa em nosso redor; outros sintomas incluem dores de
cabeça, agitação, suor e cansaço;
4.
através do nosso comportamento,
que inclui evitar situações com potencial para desencadear ansiedade, procurar
a perfeição ou ser-se excessivamente controlador em relação a si e aos outros
que o rodeiam.
COMO
REDUZIR A ANSIEDADE?
Algumas estratégias entram na categoria de estratégias
fisiológicas, onde se incluem as seguintes propostas:
·
exercício físico, sendo que a sua prática regular é capaz de aliviar
os sintomas depressivos e baixar os níveis de irritabilidade; os autores do
livro sugerem 20 a 30 minutos de exercício de intensidade moderada três ou
quatro vezes por semana;
·
relaxamento muscular
progressivo, que ajuda a diminuir a tensão arterial
e o batimento cardíaco, além de reduzir os níveis de cortisol e o cansaço e
melhorar os ciclos de sono;
· respiração (treino), que pode não ser eficaz para todos os tipos de
transtornos, mas é uma boa ajuda para quem sofre de TAG; esta é uma estratégia
de rotina e, tal como o exercício físico, deve ser regular;
·
atividades prazerosas, que “são uma boa ferramenta para usar contra a
ansiedade, pois ajudam-no a cuidar de si e grande parte das vezes reduzem as
reações físicas que sustentam a preocupação e a ansiedade”.
O
QUE NÃO POSSO FAZER?
Isolar-se está fora de questão: além de ficar sem apoio, o facto de estar sozinho
faz com que seja especialmente difícil ver as coisas em perspetiva. Na verdade,
estar com outras pessoas permite ficar a par de pontos de vista à partida menos
negativos do que o seu. E não, pensar em demasia nas coisas não é forma de
aliviar a ansiedade, bem pelo contrário.
Outra coisa a evitar é consumo de álcool (ou de
outras substâncias) para lidar com este tipo de problema. É que a sensação de diminuição
de stress é, nestes casos, passageira, sendo que o álcool abranda o
funcionamento do cérebro e do sistema nervoso mas não induz a uma boa noite de
sono.
Comer em demasia ou virar-se para doces e fast
food também está longe de ser solução — há inclusive vários estudos que relacionam o stress com o aumento de peso. E por falar em excessos, quando
estamos sob o efeito do stress, os nossos hábitos de consumo também podem ficar
descontrolados.
Bibliografia: Como viver sem ansiedade do Dr. Lee
Kannis- Dymand & Dra. Janet D. Carter