Palestras sobre Bullying


 
Foi com muito agrado que a Escola de Afetos com a psicóloga Dra. Carolina Violas participou na I Feira da Saúde do Agrupamento de Escolas de Loureiro, Oliveira de Azeméis, com duas palestras sobre bullying direcionadas aos alunos do 8ºano.
 
O bullying infelizmente é uma realidade nas nossas escolas e a prevenção é a medida mais eficaz.
 
O bullying são atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
 
No contexto escolar, o alvo do bullying é geralmente um único aluno. Dados de estudos, indicam que na maioria dos casos, a vítima é cercada por um grupo de dois ou mais alunos.
 
 
Alguns exemplos de bullying:
 
 
  • Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade;

  •  Espalhar rumores negativos sobre a vítima;

  •  Insultar a vítima;

  •  Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens;

  • Chantagem;

  • Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa, sobre a moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nacionalidade.


Relativamente aos intervenientes, o agressor é geralmente uma criança com problemas emocionais, é impulsivo e no contexto escolar é dominador e tem pouca tolerância à frustração. São jovens que apresentam dificuldades na aceitação de regras de conduta, e respondem com violência a qualquer chamada.


Estas crianças têm um baixo rendimento escolar, são vistos como seguros no contexto escolar, mas na realidade, e na maioria das vezes sofrem de violência em casa.

Têm a noção da agressão e sabem que o que estão a fazer ao outro é para se sentirem no “topo do mundo”.


As vítimas são, geralmente, crianças sensíveis, inteligentes e com boas relações parentais e familiares. Não têm a noção como lidar quando são humilhadas, pois não vivenciam estas situações diariamente, tornando-se por isso “presas fáceis” para os agressores, em que por vezes estas acreditam que os insultos são verdadeiros, pois na maior partes das vezes apresentam uma baixa autoestima.


A maioria dos casos de bullying acontecem em locais com baixa supervisão dos adultos como nos recreios da escola, salas de lazer, balneários, cafetaria e corredores.


O bullying pode provocar emoções negativas tais como: medo, raiva, frustração, humilhação, rejeição, isolamento e ansiedade.


As vítimas podem apresentar respostas a curto prazo como falha nos trabalhos escolares, baixa atenção nas aulas, discussão ou lutas, mudança de amigos, perda de dinheiro e material. A longo prazo podem apresentar depressão, diminuição total do interesse na escola, problemas disciplinares, fugas e tentativas de suicídio.


A chave para a prevenção do bullying é encorajar as vítimas e as testemunhas de comportamentos de bullying a denunciar os incidentes a que foram vítimas ou que testemunharam no momento, não quando chegarem a casa, não um mês depois. No entanto, há uma grande pressão social contra “fazer queixa” e as vítimas muitas vezes acreditam que vão ser punidas.


É importante que a comunidade escolar desenvolva políticas de qualidade que definam o bullying e respostas apropriadas ao problema, estabeleça regras na escola e na sala de aula contra o bullying, aplique regras disciplinares e sanções escolares justas e consistentes, tenha formação sobre o bullying, estabeleça sistemas eficazes de supervisão e que haja parceria com forças da lei e psicólogos para identificar e tratar casos sérios de bullying.


Os alunos necessitam de regras definidas e ter a certeza que os adultos estão encarregues deles. O bullying é um problema que a escola tem de se confrontar, não só para proteger as vítimas mas também para passar a mensagem que o bullying não pode ser tolerado e fazer com que os alunos se sintam seguros.


Desta forma, a Escola de Afetos tentou sensibilizar os alunos para o que é o bullying e o que fazer numa situação de bullying.

     
Texto escrito por Carolina Violas, Psicóloga Clínica, Pós-Graduada em Psicologia Escolar